Sou fervorosamente a favor da segunda
chance, da capacidade e possibilidade de se refazer. Erramos, sim, sem exceção.
Mas aí, claro, algumas coisas me pegam de supetão (como ser humano que sou): a
ignorância propositada, com o composto ainda mais pernicioso: o mau-caratismo,
têm perdão? Eu fraquejo, admito, e muito. O problema aí, perceptível como a tal
da fake news, é que o maldito engodo,
quando pega uma mente vazia de conhecimento, propensa ao fascismo, atolada até
o talo no esterco do ódio, tende a se alastrar, ainda mais num cenário de crise
como esse, em que muitos esperam se agarrar a um fio desencapado qualquer na
esperança vã de se safar e, conscientemente ou não, permitem que se eliminem
outros tantos diferentes - essencialmente iguais. Sobre se safar: só o
indivíduo e os seus. Coletividade, diversidade: zero. Quem não pensa no todo
(pobre, ladrão, estrangeiro, prostituta, azul, roxo etc.), com amor e
humanidade, não tem a percepção do que seja pátria e povo brasileiro.
Desculpem o desabafo, mas é de alguém
que, trágica e diariamente, suporta o cambalacho de uma morte anunciada desde o
dia que ousaram tocar na nossa frágil democracia.
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