Não digo amém pra tudo!





Sou uma criança dentro de mim, que às vezes se solta. Não vou culpar mais nada, nem ninguém, ainda que o meio tenha exercido bastante influência, eu sei, tem muito de mim mesmo. Sou, em essência, tímido, pacífico, adaptável – como diz no Ceará, “Até umas horas!” -, não besta, dobrável, isso não! Apesar do amadurecimento, essas bobagens me pegam, quando estou distraído – ou pegavam, para obsequiar o sinistro: meio. Mas a tendência é deixar fluir, experimentar, quando se percebe e se questiona. O ponto está aí: criticar. Ser crítico, como um tio querido me disse: “Não diga amém pra tudo!”, fincou na eternidade – e olhe que não foi qualquer tio! A partir daí, dessa constatação pessoal, tanta coisa boa veio... E ainda me pergunto, nesse processo de autocrítica: “Por que as pessoas aceitam tão facilmente uma notícia descaradamente falsa, sem se questionar? Conveniência? Ingenuidade? Mau-caratismo?”. Bom, aí são outros quinhentos. Essa conta vai para a existência de cada um. Pior que respinga no próximo, o lado mais fraco, o pobre, sem voz nem vez. Isso sim me revolta. Pequeno, na minha crença, é não se permitir pensar, criticar. Não digo; não diga também, amém pra tudo, ainda mais agora, com púlpitos de pseudossantos, que alimentam a imagem distorcida de um mal, usando, principalmente, os coitados dos incautos como escudo.

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