Via-crúcis...


Ele, Jesus, foi chamado de mestre, de Messias, ainda no seu tempo, mas muito mais humilhado, ultrajado. Por fim, para satisfazer a sanha de ódio, foi cruelmente assassinado. O conceito que pregou foi e é revolucionário, de amor ao próximo, em qualquer circunstância. No entanto, o ódio ainda persiste, vivo, hoje. É possível ver o amor de Jesus, também, na figura mais humilde, no desconsidero; o irmão de rua, o miserável, todo aquele ser excluído da sociedade por ser "diferente".
Pensando que, numa altura dessa, se houvesse uma cruz à disposição do "cidadão de bem" - diga-se: uma arma e uma lei que o eximisse -, se regozijaria, orgasticamente, em pregar o "diferente". E ainda bateria no peito, e gritaria com toda força dos pulmões: "pela família cristã e pelos bons costumes!".
Como tenho visto, todo dia é uma via-crúcis.

Comentários