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Poesia da plenitude do amor...

abril 01, 2018

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Só o amor.

Hoje, o meu fôlego, o meu alicerce para não sucumbir à desesperança, é acreditar no amor. Só o amor. E não há nada mais perceptível que a justiça social, para mim. De fato, perdemos. Perdemos muito. Mas o amor não cessa. Ninguém é capaz de censurar o amor. Triunfará, sempre.

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Mãe-vó, com seu feitio indômito e doce, havia liberado o decreto: “Venga logo, que no vou tardar a ir-me!”, num portunhol arrastado. Cinquenta anos no Brasil e não teve jeito de tirar alguns trejeitos espanhóis, como o próprio venga ou reloj , que me parece terem sido propositalmente mantidos, porque eu mesma não tenho coragem de desequilibrar o meu português com o espanhol de seu ninguém – se quisessem me entender, que seja assim. Nos meus quinze anos, mãe-vó me preparou para um porvir incerto, mas sedutor: “Sois do mundo, hija!”. Como ela, que almejou expandir, pensei em sair de Teresina, mais cedo ou mais tarde, para viver novas experiências, absorver costumes e novas culturas. Faz parte da sina beduína, viva; nosso sangue mouro latejante. No dia do festejo, à moda cordobense, recebi um presentinho que somente seria transmitido a mim na data de sua passagem: o misterioso reloj , que pertenceu à Rainha Alcázar, ainda do período da invasão moura à península ibérica. Bo

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