Encarrilhada à brasileira...





Topada lascada no pico do meio-dia. 37ºC. Centrão. Chamboque extirpado. Pululação generalizada. Nervos ouriçados, já em frangalhos. Coração latejante na ponta do pé, esmaecido de aflição antiga, e renovada todos os dias, septicêmica. Cara retorcida. Dor, muita dor, moída. Permeia os cernes e os confins do sistema. Até saltar, voluntariosa, forçando espaço, a libertação: “Puta que pariu! Ladroagem do caralho! Não fosse obrigado a pagar com má vontade, sem poder, essa pilha de impostos, pra governo sacana, não tinha me estropiado todo. Um velho que nem eu era pra tá em casa, ou onde quisesse, esperando a morte com dignidade!”. Encarrilhada à brasileira.

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