Artista...



Nada que socorra uma alma dessa, pobre e louca. Inacreditavelmente insana. Incontrolavelmente cigana. É assim, desde criança. Não largou nunca, por nada, essa mania de ser só ela. Vagueia, por aí, inerte, soberba, com esse orgulho morno. Quer palco, holofote. Em vão, sem irmão. Logo eu?! Deixa ela. Larguei de mão. No mundo, se vacilar, nem sacola nem pão. Nem mel nem cabaça. Artista. Coitada, utópica, lunática.

Comentários