Aventuras de vovó e JG...




Ontem, como de costume, saímos eu e o João Gabriel. É um prazer imenso tê-lo ao lado, sempre, porque de tantas conversas e aprendizados mútuos, surgem episódios engraçadíssimos. Já deixando o restaurante, João me interpelou pedindo um ovo de chocolate. Tenho muito gosto em fazer os seus “querer”, mas, nesse caso, como estávamos indo, sugeri o seguinte: “João, não seria melhor deixar para comer amanhã o seu bolo de chocolate, já que você não pode comer sempre?”. Aí veio de pronto o alerta: “Vó, eu não quero que você gaste dinheiro!”. Sorri, dizendo: “Meu filho, você não existe!”. Pronto, o estopim. Até imagino, abriu-se um “cosmos” em sua cabecinha, como no desenho animado “Fantástico mundo de Bob”. Criança é muito literal. Se eu disser: João, vi um rapaz de laranja, isso e aquilo..., ele poderá representar que vi um rapaz com uma laranja sobre a cabeça ou coisa do tipo. E imaginar, imaginar... sonhar... Logo depois, ele me indagou: “Eu não existo, vó?!”. Ri bastante e procurei ilustrar melhor, que se tratava de uma força de expressão. Mas como é difícil explicar: força de expressão! Ele perguntou: “Então eu sou um fantasma?”. Já afirmando, e repetindo: “Eu sou um fantasma. Eu não existo, eu sou um fantasma...”. E caímos na gargalhada; doce e gostosa gargalhada, daquelas que lava a alma e o coração. Resultado, fiz o máximo para não confundir a sua cabecinha, mas foi ali que a pureza se elevou e mostrou ser a redenção do mundo. Mais uma vez aprendi.
*Historinha narrada por minha tia-mãe, Bernadete Espíndola, e eu, de enxerido, poetizei.   

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